Aquele que é, provavelmente, um dos treinadores mais aclamados de todos os tempos, não hesita em afirmar-se um “special one”, mas revela desconforto, prudência, humildade até, quanto à possibilidade de lhe chamarem doutor.
Pois claro. Ser um extraordinário treinador, pretendido pelos melhor clubes do mundo, um exemplo de sucesso e profissionalismo permite vê-lo como alguém especial. Mas não suficientemente especial para ser doutor. Mourinho, a quem certamente não interessam estas minhas especulações, acaba, pois, por dar expressão a um preconceito típico na sociedade portuguesa, que Coimbra interpreta de modo muito particular: o complexo do “self-made man”.